Michelle Bolsonaro: trajetória da ex-primeira-dama e impacto político 3f40s

Michelle Bolsonaro, 43 anos, é intérprete de Libras e ganhou visibilidade na política brasileira durante a campanha presidencial em 2018 de Jair Bolsonaro. A esposa do ex-presidente é defensora de causas sociais ligadas a pessoas com deficiência, inclusão de Libras nas escolas e outros projetos sociais.

Quem é Michelle Bolsonaro? 38z1

Michelle de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro nasceu no ano de 1982 em Ceilândia, no Distrito Federal. Os pais são Maria das Graças Ferreira e Vicente Reinaldo, sendo a mãe mineira e o pai cearense.

Interessada pela área de saúde, Michelle Bolsonaro chegou a se inscrever no curso de Farmácia na Universidade Estácio de Sá, mas jamais iniciou o curso. Posteriormente, começou o curso de Letras, na modalidade à distância, na mesma instituição de ensino.

Michelle entrou para a vida política em 2004, quando começou a trabalhar na Câmara dos Deputados. Foi lá, em 2007, que conheceu Jair Bolsonaro, quando atuava em um gabinete vizinho ao dele. Filiado à época ao mesmo partido (PL), o então parlamentar a convidou para trabalhar em seu gabinete na Casa.

Anos depois, a união dos dois se consolidou com o nascimento da filha do casal, Laura. Ela é conhecida nas redes sociais como Laurinha e aparece diversas vezes ao lado de Jair e Michelle. O ex-presidente contou nas redes sociais que tinha feito um processo de vasectomia na época, mas o reverteu para ter a filha com Michelle.

A união foi oficializada em março de 2013, com um casamento evangélico conduzido pelo pastor Silas Malafaia.

Michelle Bolsonaro também atua no setor de cosméticos, com a própria fragrância, Lady M, e uma linha de maquiagem e cuidados com a pele desenvolvida em parceria com Agustin Fernandez.

Além disso, a ex-primeira-dama é, atualmente, presidente nacional do PL Mulher. O cargo de Michelle tem, segundo ela, o objetivo de incentivar o engajamento feminino na política.

Papel como primeira-dama e projetos sociais 49152z

Figura central na estratégia de Jair Bolsonaro para alcançar o eleitorado feminino, em particular as mulheres evangélicas, Michelle Bolsonaro tem ganhado visibilidade desde a campanha presidencial do marido.

A atuação dela como primeira-dama ganhou destaque ainda em 2018, com um discurso inédito em libras durante a posse presidencial de Jair Bolsonaro.

Michelle, que fez parte do Ministério de Surdos e Mudos da Igreja Batista Atitude, onde atuava como intérprete de Libras nos cultos, discursou na Língua Brasileira de Sinais.

No tradicional pronunciamento do presidente da República na véspera de Natal, também pela primeira vez na história, a então primeira-dama realizou uma declaração ao lado do presidente em rede nacional de rádio e televisão.

Michelle, que não é mãe de Jair Renan como alguns pensam, vestia uma camisa vermelha com o nome “Jesus”, e desejou “um Natal abençoado para todos os brasileiros”. Ela destacou, “juntos, com amor e dedicação, podemos construir um Brasil mais justo, mais inclusivo e mais solidário para todos”.

Mantendo um perfil discreto, as aparições públicas de Michelle têm consistentemente girado em torno de duas prioridades: o fortalecimento das políticas públicas para pessoas com deficiência e o apoio à comunidade cristã.

No exercício do cargo de primeira-dama, liderou campanhas de conscientização sobre doenças raras, impulsionou projetos de inclusão digital e direitos para deficientes visuais, se dedicou ao desenvolvimento infantil na primeira infância e participou de ações beneficentes.

Influência política e possibilidade de candidatura própria z6117

A figura de Michelle Bolsonaro tem ganhado protagonismo crescente no cenário político brasileiro, gerando especulações sobre uma possível candidatura própria nas eleições de 2026.

Desde o fim do mandato do marido, Michelle tem se dedicado a fortalecer a imagem pública. A presidência do PL Mulher tem sido um palco estratégico, onde ela tem viajado pelo país discursando em eventos e angariando apoio entre o eleitorado feminino.

Em dezembro do ano ado, Bolsonaro mencionou sobre a possibilidade de Michelle ser candidata à Presidência em 2026 e de ele se tornar ministro da Casa Civil. Horas depois, porém, recuou e disse que preferiria lançar um filho ao Palácio do Planalto e Michelle se candidatar ao Senado.

“A Michelle, o pessoal gosta. Ela é mulher, evangélica, fala bem”, disse Bolsonaro. “Mas a ideia é ela vir candidata ao Senado, é o Eduardo por São Paulo, é o Flávio pelo Rio, é o Carlos que é vereador depois de oito mandatos, sete, venha federal”, disse Bolsonaro ao podcast “Flow”, completou.

Apesar da declaração do marido, uma pesquisa realizada pelo instituto MDA para a CNT (Confederação Nacional do Transporte), divulgada em novembro do ano ado, mostrou que Michelle é quem mais se aproximaria em intenção de voto do presidente Lula (PT) na eleição de 2026.

Caso alcance algum cargo político, Michelle se juntará a outros parentes do ex-presidente como seus filhos. Flávio Bolsonaro é senador, enquanto Eduardo Bolsonaro é deputado com forte atuação em termas internacionais. Completam a lista de políticos, Renan, que é vereador em Santa Catarina, e Carlos Bolsonaro, vereador pelo Rio de Janeiro.