Gilson Machado e Jair Bolsonaro – Foto: Isac Nóbrega /PRGilson Machado, ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, foi preso pela Polícia Federal nesta sexta-feira (13), em Recife (PE). A suspeita que pesa sobre ele é que teria tentado conseguir um aporte português em nome do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, segundo a PGR.
A PF investiga se o objetivo era ajudar Cid a fugir do Brasil e escapar das investigações em andamento. Atualmente, Mauro Cid é réu em uma ação que corre no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Apesar da prisão do ex-ministro, Mauro Cid não foi preso nesta nova etapa da investigação. Ele foi alvo de mandado de busca e apreensão e presta depoimento às 11h desta sexta-feira, em Brasília.
Gilson Machado foi ministro de Turismo no governo Bolsonaro – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasi/NDInicialmente, havia sim um mandado de prisão contra ele, mas a ordem foi revogada, conforme apurou o portal R7.
Investigação mira possível plano de fuga e tentativa de obstrução por Gilson Machado 1c3w3a
A prisão de Gilson Machado veio dias depois de a PGR pedir formalmente ao STF a abertura de um inquérito contra ele por possível obstrução de Justiça. A solicitação incluía medidas cautelares, como busca e apreensão e o o aos dados telefônicos e digitais do ex-ministro.
Segundo a PGR, Machado teria atuado no mês ado para viabilizar a emissão de um aporte estrangeiro para Mauro Cid, uma manobra que, de acordo com os investigadores, poderia ser uma tentativa de impedir que o militar fosse responsabilizado judicialmente.
Mauro Cid presta depoimento na PF às 11h desta sexta-feira – Foto: Gustavo Moreno/STFO documento não chegou a ser emitido, mas a preocupação da PGR é que Gilson Machado possa tentar novos caminhos em outras embaixadas ou consulados.
Vale lembrar que Gilson Machado chegou a ser listado como testemunha de defesa do ex-presidente Bolsonaro na investigação sobre a tentativa de golpe. No entanto, ele acabou sendo dispensado de depor pela própria equipe de defesa.
As defesas dos envolvidos foram procuradas pela reportagem do ND Mais e, até o momento, não se manifestaram. O espaço segue aberto para posicionamentos.
